quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sobre Moocs e EAD massivo

Indico este vídeo do professor e pesquisador Google Peter Norvig, no TED, evento de palestras sobre inovação, tecnologia e entretenimento. Aqui ele compartilha o que aprendeu com sua experiência de EAD num modelo massivo.

Recursos Digitais


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Metodologia e Tecnologia: uma pequena reflexão sobre impacto tecnológico


1.

Se perguntamos para você o que é o Twitter, provavelmente saberá responder. Um microblog, um espaço de troca entre usuários que se seguem, 140 caracteres de opiniões e links, tópicos mais comentados, etc. Mas você saberia me dizer como ele foi criado?

O que você está fazendo?


O twitter foi criado em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone, antigos trabalhadores do Google. O projeto foi iniciado como um serviço de troca de status, parecido com um SMS. O usuário deste serviço partilhava pequenas mensagens sobre suas vidas, e seguia as mensagens das pessoas que consideravam importantes.  Esta era a mensagem a ser publicada



Será que os criadores tinham em mente o potencial de rede desta ferramenta? Talvez, como podemos ver nesse vídeo de 2008. Mas será que eles pensavam nas diversas mudanças que foram ocorrendo na plataforma, com a criação das hashtags, do Trending Topics? Ou na potente ferramenta de promoção política (a vitória na primeira eleição presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos teve como um dos cenários principais a rede social) ou revolucionária (o twitter teve papel importante nas manifestações no Egito e na Tunísia contra o ditador Zein al-Abidine Ben Ali, ou em junho de 2013, no Brasil)?

***

2.


A ferramenta não é importante, mas sim o processo cognitivo. As ferramentas sempre mudam (Pierre Levy)

Sabemos que a internet nos reserva infinidades de ações e perspectivas. O ciberespaço é tão complexo, com diversos atores, diversos projetos, e a esperança de mobilizar, transformar, coletivizar e colaborar.

Quando criamos um projeto de mobilização, olhamos as redes sociais e outras plataformas, podemos pensar: A tecnologia faz a diferença?

A tecnologia não determina nossas ações virtuais. O importante é levarmos em consideração a metodologia que iremos adotar, os objetivos, conhecer os atores da comunidade que queremos construir e facilitar. Os impactos das novas tecnologias da informação devem ser olhados com cautela.

Pierre Lévy (1999) inibe qualquer tentativa de uma relação determinista da tecnologia sobre a sociedade e a cultura quando inverte o problema, convidando-nos a analisar as tecnologias como produto de uma sociedade e de uma cultura. Em vez de pontuar apenas o impacto, ele enfatiza a ação dos atores humanos como criadores, produtores, usuários e interpretantes das diferentes formas de tecnologia.

Lévy traz para a discussão a idéia de condicionamento, e não determinismo, pois considera que “não há uma ‘causa’ identificável para um estado de fato social ou cultural, mas sim um conjunto infinitamente complexo e parcialmente indeterminado de processos em interação que se auto-sustentam ou se inibem” (LÈVY, 1999, pg. 25). Todos os fatores considerados objetivos não são criados a partir de uma invenção radical, e por isso não se trata de avaliar os impactos.

(...) a qualidade do processo de apropriação (ou seja, no fundo, a qualidade das relações humanas) em geral é mais importante do que as particularidades sistêmicas das ferramentas, supondo que os dois aspectos sejam separáveis (LÉVY, 1999, pg. 28).

Como vimos, o twitter é uma ferramenta potente. O que são 140 caracteres? Não lhe parece muito pouco? Como é possível fazer a revolução com apenas 140 caracteres?

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Referência

LEVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro. Editora 34. 1999




Lançando o seu curso EAD: 15 coisas para checar


Esse texto é baseado (com algumas modificações)
 no post de Christopher Pappas, no site eLearning Industry


Sabemos que você trabalhou de maneira aplicada para desenvolver todo o material do seu curso à distância, as atividades, apresentações, vídeos, blocos de texto e elementos gráficos. Tudo foi trabalhado de maneira cuidadosa. Mas é preciso deixar ele bem afinado para que não tenhamos surpresas quando ele estiver ativo, não é?

Por isso, guarde um tempo importante em suas tarefas para a verificação final antes do lançamento. Esse texto traz 15 dicas para você conferir antes de ativá-lo. 




1 - Aprendizagem que atenda as metas e os objetivos.

É aconselhável percorrer todo a estrutura pedagógica e se perguntar se todos os elementos que você incluiu, de textos a gráficos, atendem aos objetivos de aprendizagem do curso. Tudo deve ser relevante e ajudar os seus alunos a compreender de forma mais eficaz o assunto, em vez de distraí-los da experiência de educação à distância.

2 - Gramática, pontuação e ortografia.

É extremanente importante verificar seu curso para garantir que todas as suas vírgulas, pontos de exclamação e pontos finais  estão em seu devido lugar. Além disso, verificar a ortografia de cada bloco de texto, mesmo aqueles que são parte de um vídeo ou uma imagem, para se certificar de que tudo é impecável. Lembre-se, erros ortográficos e gramaticais pode parecer insignificantes, mas eles podem diminuir a qualidade global do seu curso, fazendo com que pareça menos credível e organizado.

3 - Cada unidade de aprendizagem é auto-suficiente.

Cada unidade de aprendizagem que você criou (o que é uma lição ou módulo que pode suportar as suas próprias metas e objetivos de aprendizagem), deve dar a seus alunos um olhar em profundidade em um determinado tópico. Então, certifique-se de que todas as suas unidades de aprendizagem são auto-suficientes, e que eles se encaixam no quadro geral do seu curso a distância como um todo.

4 - Integração com o seu contexto.

O seu curso está alinhado com a imagem da marca da sua instituição? É um reflexo do tema que você está tentando abordar, e que ajuda a criar um ambiente de aprendizagem eficaz e memorável para o seu público?

5 - Indicadores do curso para uma visão geral / progressão.

Seus alunos são capazes de acompanhar o seu progresso durante a sua participação no curso? Você informou os indicadores que podem ser usados de forma rápida e convenientemente para ver o quão longe eles avançam, quais tópicos já foram exploradas, e que outras lições eles vão explorar no futuro próximo? Isso lhes dará o impulso extra de motivação que precisa para se tornar participantes ativos.
vejam, essa não é uma questão apenas tecnológica. O aluno precisa saber se está inserido de fato no curso.

6 - Navegação simples e direta.

A navegação do seu curso a distância deve ser o mais clara possível. Ela deve facilitar o aluno a encontrar os ícones de navegação, o link de página inicial, o acesso aos espaços importantes do curso. Além disso, certifique-se de que cada botão está ativo e que aparece no mesmo lugar em todas as páginas para evitar confusão.

7 - Conteúdo salienta benefícios e aplicações do mundo real.

Cada peça de conteúdo deve amarrar os benefícios e as aplicações da matéria do mundo real. Caso contrário, seus alunos não vão ver o valor real de conclusão do curso a distância e, portanto, não são propensos a se envolver no processo de aprendizagem.

8 - O uso eficaz de ferramentas de feedback.

Quando os alunos completam um cenário de simulação, ou de avaliação, você está fornecendo-lhes o feedback eficaz  que necessitam para tirar o máximo proveito de sua experiência? Pelo modelo ideal de aprendizagem, os alunos devem ser reforçadas positivamente a cada passo do caminho, para que eles possam aprender com seus erros. Certifique-se de que você está usando ferramentas de feedback e técnicas para dar aos seus alunos o apoio de que necessitam.

9 - Elementos multimédia são suportados por todos os navegadores.

Os alunos vão estar acessando seu curso em uma variedade de diferentes plataformas e navegadores. É por isso que é importante verificar se os seus elementos multimídia podem ser vistos em uma variedade de navegadores. O áudio e vídeo usados por você são otimizados para visualização na web? Será que eles ainda são ferramentas de aprendizagem eficazes se forem vistos em diferentes resoluções de tela?

10 - De recursos e de referência links adicionais.

Você incluiu todos os links de referência para todo o conteúdo necessário? Existem links de recursos adicionais que você gostaria de oferecer a seus alunos, para que eles possam acessar vídeos, artigos ou sites externos que podem ser benéficas?

11 - Links estão ativos e relevantes.

Verifique se todos os links estão ativos e se eles vão aparecer em uma nova janela do navegador (abrir uma nova aba). Este passo, no entanto, também deve ser feito periodicamente depois de ter lançado o curso, só para ter certeza de que os links ainda estão ativos.

12 - Funcionalidade de formulário

Poucas coisas são mais frustrante do que tomar o tempo para preencher um formulário, clicando no botão enviar, e depois de ler uma mensagem de erro informando que o formulário não pode ser enviado por um motivo ou outro. Então, certifique-se de que seus formulários estão todos ativos e que você tenha especificado onde devem ser enviados.

13 - O acesso é realmente amigável em dispositivos móveis?

Ver seu curso em diferentes tipos de dispositivos móveis, se possível, para verificar se você pode acessar todo o conteúdo. Além disso, garantir que ele ainda mantém a sua capacidade de resposta e seu apelo estético quando ele é visualizado em uma tela menor.

14  Avaliações para medir com precisão o conhecimento do aluno.

Você criou questionários, exames e testes  que estão realmente servindo para avaliar o conhecimento do aluno? Você usou o formato certo das questões (de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, etc) com base no assunto? Você usou a quantidade certa de perguntas ou encaminhamentos para os seus alunos, ou são excessivamente difíceis? Ou simplificadas?

15 - Resumos de aula que destacam tópicos-chave.

Certifique-se de incluir resumos no final de cada módulo, bem como um breve panorama no início, para que seus alunos estejam cientes das ideias-chave ou princípios que precisam para tirar de cada aula.

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Lembre-se, enquanto esse processo pode exigir tempo e esforço, você vai economizar a dor de cabeça de ter que fazer essas alterações necessárias após a implantação e após os seus alunos já percerebem os erros no curso.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Milhares de áudios livres para seus projetos de aprendizagem



Precisa de recursos de áudio com direitos de uso livre para seu projeto multimídia?

Apesar da facilidade em produzir nosso próprios recursos multimídias com auxílio de diversas tecnologias, é importante respeitarmos os direitos de propriedade intelectual. Quando criamos vídeos ou podcast, o uso de áudios se torna relevante, seja como uma música ambiente de background ou sonoplastias. A indústria musical trabalha com licenças bem fechadas e o uso de determinados arquivos podem ocasionar problemas legais.

Por isso, trago aqui essa sugestão do blog do professor Peruano Gervin Romero, com três sites onde podemos baixar milhares de arquvos de áudio e música para usarmos sem porblemas com licenças fechadas.




terça-feira, 3 de março de 2015

Redes e Conectivismo

Essa apresentação preparei para um curso que estamos desenvolvendo no projeto Comunidade de Práticas, voltado para os facilitadores das nossas comunidades. O curso vai ser interessante para aqueles que fazem parte da nossa rede, mas também para aqueles que desejam uma formação mais aberta sobre moderadores ou facilitadores de comunidades virtuais.

Nessa apresentação trago os conceitos de redes e conectivismo. Espero que ajude


terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Mapa Conceitual: a técnica ideal para a análise de conteúdo para eLearning

Texto original de Yael Escamilla, escrito em 04/09/2014
Tradução: Felipe Pontes Coelho

É possível encontrar um assassino através da análise de seus escritos? Imagine que você é um detetive que tenta encontrar culpados pelo assassinato de uma jovem mulher. Houve vestígios do crime, tem uma série de cartas enviadas para o principal suspeito e sua mãe não contêm informações que irá lançar alguma evidência. Onde posso começar a procurar pistas?

Este é o problema enfrentado pelo protagonista do filme “O Segredo dos Seus Olhos”. Demorou anos para um conhecido analisar e identificar as letras dentro dos textos que vários nomes são mencionados, aparentemente desconexos, mas referindo-se a jogadores de um time de futebol famoso; descobrindo que essa era a sua paixão. Nosso detetive sabia para onde olhar.



Desmontando o quebra-cabeça

Quando você monta um quebra-cabeça, busca construir um todo a partir de um conjunto de peças. Analisar é fazer exatamente o contrário. Tudo que se tem que fazer é quebrar ou separar em partes constituintes. Mas por que devemos desmontar? Para saber como cada parte funciona, como eles se relacionam entre si e, por sua vez, com o todo.

Analisando para conhecer. Simples como isso. Começamos com algo concreto-geral e material, para chegar ao abstrato; ou seja, tudo o que pode ser criado com o pensamento: conceitos, hipóteses, leis e teorias.

Você pode não ser um detetive em busca de um assassino, mas ao analisar o conteúdo, tem uma intenção na mente que busca entender e encontrar o significado.

Analisando o conteúdo no Design Instrucional 

Na concepção pedagógica, a análise de conteúdo nos permite conhecer e compreender a estrutura de informações, conceitos e relações entre eles. Isso vai nos permitir identificar:

  •      Quão significativo é. 
  •      Que tipo de conteúdo é predominante (declarativo, procedimental ou atitudinal-valor-relacionados). 
  •      Quais lacunas de informações existem. 
  •      Quais informações devem ser reajustadas. 


Em seguida, com a análise de conteúdo, será possível estabelecer uma estrutura clara e compreensível. As informações da sequência nos permite definir os objetivos e, se necessário, um vislumbre das estratégias de ensino-aprendizagem que poderemos usar.

Desmontando para construir mapas 

Sua mente está agora, inconscientemente, processamento e armazenamento as informações que você leu neste texto.
Seu cérebro está criando um mapa que dá estrutura aos dados, a fim de encontrar um significado e espaço dentro do conjunto de conceitos e idéias que você já tem. Isto provavelmente já aconteceu com você, por exemplo, quando não entendemos completamente alguma parte do texto, paramos e lemos novamente. Isso faz colocar em algum lugar dentro do mapa mental que está a construir, ainda que temporariamente.

Os mapas conceituais 

A análise de conteúdo em Design Instrucional pode ser realizada por várias técnicas de mapeamento, como conceito ou mapas mentais.

A técnica de mapa conceitual criado por Joseph D. Novak, apresenta de maneira organizada e representada em todos os níveis de abstração do conhecimento. Este é um dos conceitos mais gerais e inclusivos que estão localizados na parte superior, enquanto os menos inclusivos se encontram na parte inferior.

Seu mapa irá permitir que você facilmente identifique o tipo de conteúdo que prevalece, seja declarativo, procedimental e atitudinal-valor-relacionados; e as relações entre os conceitos: superordenados (relações hierárquicas), coordenados (relações horizontais), (relações verticais) subordinados.

Construindo mapas conceituais 

O que é um mapa conceitual construído?

Antes de iniciar, executar e procurar por qualquer conteúdo para a prática. Depois de ter o texto em mãos, considere o seguinte:

  •      É essencial fazer a distinção entre as idéias principais e de apoio do texto. 
  •      Seu esquema deve representar fielmente as opiniões expressas no conteúdo. 
  •      Você deve respeitar a hierarquia entre as idéias. 
  •      Não inclua titular dos dados irrelevantes.

Agora, para começar: 


  1. Elabore uma lista dos conceitos identificados. (Um conceito é a palavra que usamos para nomear a imagem mental de um objeto ou evento. Por exemplo, ao ouvir os termos "carro" ou "explosão" pode facilmente representar em sua mente como uma imagem, porque eles são capazes de transmitir um significado). 
  2. Identificar o conceito mais importante e geral, e colocá-lo no topo do mapa ou destacá-lo de alguma forma. 
  3. A partir do conceito mais importante e geral, condene aqueles que são subordinados a ele. 
  4. Por setas, defina a relação entre os conceitos mais gerais e conceitos subordinados (relações hierárquicas); e relações entre conceitos cruzar (vertical e relações horizontais). 
  5. Escolha a palavras "vínculo" que liga um conceito com outro e coloque-os nas setas. 


Com a classificação feita, esboce um primeiro mapa. Elabore-o ao menos uma vez, para se assegurar que não está faltando nenhum conceito.

Encontrar pistas através de mapas 

No filme, alguém tinha de reconhecer o relacionamento e a estrutura dos nomes das letras através de um mapa mental, revelando que eles estavam todos os jogadores da equipe. Foi esta faixa que rendeu para localizar o suspeito.

Referências: 

Oliver, J. (2014). Lección interactiva de Español. Recuperado el día 25 de agosto del 2014, de http://www.saber.unam.mx

Ontoria, A. (2004) Cómo ordenar el conocimiento. Usando mapas conceptuales. México: Alfaomega.

Peralta A., Olvera, A. & Cuevas, A. (2014) Manual de Diseño Instruccional. México: AuraInteractiva.

Soriano, J. (2006) Reflexiones antipedagógicas sobre el proceso de enseñanza-aprendizaje. México: Universidad Autónoma de Chapingo.