quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sim, o Twitter alimenta meus estudos


São 140 caracteres que podem nos apontar para um mundo de discussões. Começo a escrever para este blog fazendo uma forte defesa ao uso do twitter. Com a atual liderança do Facebook, o declínio do Orkut e o tímido avanço do Google Plus, muito se especula sobre o twitter no Brasil. Entre os 200 milhões de usuários ativos no mundo, nosso país está entre os cinco principais mercados do microblog. Mas isso não faz frente a participação do brasileiro no Facebook: somos ainda a segunda nação que mais usa a Rede Social (fala-se muito na não-adesão do povo indiano, o que os colocaria a nossa frente).

A cada trimestre uma grande agência no mundo, outras no Brasil, soltam números que não me impressionam. Não devemos ver as tais redes, ou mídias sociais, como concorrentes. Cada uma dessas redes tem suas características próprias. Para um relacionamento interpessoal, ou criação de comunidades, o Facebook é muito mais adequado que o twitter. E talvez por isso muitos sentem certa resistência com o microblog. Também pudera, para muitos, os tais 140 caracteres limitam a relação, diminuem as opiniões, não são atrativos - não se considera o metadado, aquele link que que te leva a mais informação. Esse movimento é forte no Brasil, mas não é o que vemos pelo mundo (não vou entrar nos detalhes dos números, talvez faça nos próximos posts).

Como pesquisador em comunicação, informação e internet, garanto a vocês que o Twitter é uma ferramenta indispensável (mesmo eu acreditando e comprovando que, mais que uma ferramenta, ele é uma rede social). Pelo Facebook, tenho inúmeros amigos, não chego ao limite de 5 mil, mas tenho um número razoável que me ajuda a conversar, criar grupos de discussão, pesquisar assuntos interessantes, marcar eventos e outras coisas. No "face" eu posso me relacionar com qualquer pessoa (claro, mantendo um mínimo de critério para permitir a exposição da minha privacidade, mesmo sabendo que ela já não é minha, mas do Mark Zuck).
Com o Twitter é diferente. Aqui eu defino prioridades e interesses. Não me interessa seguir amigos que escrevem sobre um assunto que não diz respeito as minhas atividades. É preciso ter critérios, mas sem ter uma visão que restrinja, que seja fechada. Para isso, é importante apostar nas conexões valiosas. Neste sentido, é importante ser seletivo (seguir o amigo que escreve coisas úteis e o acadêmico que discute assuntos de interesse profissional; o importante é não perder tempo com perfis que não ajudam).
Pelo Twitter eu participo, não leio apenas por ler. Participar é dar vida a sua rede, possibilitar o seu crescimento e a sua dinâmica. Eu retwito o que acredito ser legal (num contexto de uso profissional e acadêmico), faço sínteses para não enviar links sem contextos. É preciso comunicar, compartilhar. Minha rede no twitter me informa, atualiza, dialoga comigo. E por ela eu descubro e me atualizo.

Fontes Valiosas

Basta clicar em Seguir, e você terá informes do cara que criou a Web
A partir do momento que eu faço uma filtragem com o que considero ser importante, todos os dias tenho algo atual que é agregado aos meus estudos, as minhas discussões. E para quem é da área de comunicação, de informação, da cibercultura, das redes sociais e da internet em geral, temos muitos com quem se conectar.

Por exemplo, enquanto você ainda lê aquele livro do Pierre Levy sobre inteligência coletiva, não se conecta às atuais discussões sobre a esfera semântica, algoritmos e "Big data" - veja mais em @plevy

Posso citar outros, como estes:
- David Weinberger (@dweinberger) - criou o The Cluetrain Manifesto, tem um belo texto sobre a internet (Mundo de Pontas). Uma referência interessante para a Ciência da Informação

- Tim Berners-Lee (@timberners_lee) - Diretor do Consórcio W3C, criador da World Wide Web (WWW), atualmente twitta sobre assuntos como "Linked Data", "Dado Abertos", "Transparência", entre outros.

- Tim O'Reilly (@timoreilly) - Fundador e CEO da O'Reilly Media, cunhador do termo Web 2.0.

- Douglas Rushkoff (@rushkoff) Escritor e teórico de Mídia/Internet.

- Howard Rheingold (@hrheingold) - Investigador, cunhou o termo "Comunidade Virtual", lá nos anos 80. Hoje aborda assuntos referentes a educação.

- Henry Jenkins (@henryjenkins) - Professor de Comunicação, referência em Narrativa Transmídia.

- Raquel Recuero (@raquelrecuero) - Pesquisadora brasileira de Redes Sociais e comunidades virtuais. Comentários sobre suas pesquisas, eventos interessantes, papers sobre redes sociais.

- Augusto de Franco (@augustodefranco) - pesquisador brasileiro, netweaver e criador da Escola-de-redes, ótima pedida para quem quer avançar na ciência das redes. Traz elementos do dia a dia para as suas discussões teóricas

- Maria João Spilker (@etutoria) - pesquisadora portuguesa de E@D, vale a pena seguir.

- Beatriz Martins (@biacm) - pesquisadora brasileira das tecnologias digitais, ciberativista na veia e na teoria. Outra boa pedida

- Sandra Crucianelli (@spcrucianelli) - para quem se interessa por jornalismo de dados, a profissional argentina é referência no mundo.

Por aí dá pra reconhecer referências interessantes (posso citar outras em outros posts). Comentem, falem de outras referências e das suas experiências com o twitter.