Na educação a distância, podemos ver a presença cada vez mais forte de vídeos-aula, o que oferece uma riqueza educacional que precisa ser explorada para o bem. Se chegamos a criticar muitos dos cursos EAD que apenas migram seu conteúdo presencial para o virtual, sem se preocupar com a diferença contextual e narrativa, temos que ter cautela com os vídeos na E@D.
Mas é cada vez mais certo que vídeos educacionais são e serão peças fundamentais para a aprendizagem na internet, assim como outras narrativas e métodos, como games, aplicativos/dispositivos móveis, realidade aumentada, entre outros. O professor ou conteudista deve se adequar a estas experiências, que são cotidianas na vida de muitos internautas.
Pesquisas já apontam para a importância dos vídeos no cotidiano virtual. Segundo o Youtube, mais de um milhão de usuários únicos acessam a plataforma por mês; esses assistem mais de 6 bilhões de horas de vídeo no mesmo período; a cada minutos usuários compartilham 100 horas de vídeo. Previsões da Cisco mostram que em 2017 que 69% de todo o tráfego da internet será de usuários acessando vídeos. Avançar na qualidade dos vídeos educacionais é uma necessidade.
Mas fazer vídeos é apenas gravar qualquer coisa?
Vídeo é um formato, ok? Através deste formato, podemos explorar diferentes modos e narrativas. Hoje temos acesso a vídeos tutoriais, entrevistas, documentários, animações, webinars, videoconferência, entre outros.
Mas quando tratamos de vídeos educacionais, precisamos pensar primeiramente em nosso público e no contexto em que este vídeo estará inserido. Por exemplo, podemos pensar em um curso dentro de uma rede social. Se ele não explorar a condição e características de um espaço social, este vídeo pode não atingir o potencial do ambiente e do usuário. Nesse sentido, como aproveitar?
Ao pensar na utilização de vídeos, podemos pensar em algumas etapas. Separei algumas dicas do artigo do professor Oscar Montero que deu base a este post. Vejamos:
- Utilize um guia ou um Storyboard: um bom vídeo não consiste em criar por criar, nem criar em tempo real. Faça um guia que siga uma boa estrutura pedagógica. Isso o fará ganhar tempo. E cumprirá melhor seu objetivo.
- Utilize exemplos familiares: Por que explicar conceitos complexos de maneira técnica quando podemos fazer através de objetos ou situações comuns? Olhe as mudanças que vem acontecendo com os documentários de televisão, mostrando ciência e e outras disciplinas para o espectador através de experiências e exemplos com objetos comuns ao cotidiano.
- Pense em seu público/aluno: simpatize com eles. Ofereça-lhes o que você acha que eles querem e adeque o conteúdo e a mensagem para o seu atender a esta demanda.
- Cuide da estética: dê uma imagem atualizada e bem trabalhada. Tente surpreender, mostre algo diferente, na medida do possível.
- O poder da imaginação: ofereça algo novo. Se temos 20 vídeos na internet que tratam sobre o que quer ensinar, aborde de modo diferente, traga algo novo.
- Adicione Interatividade: Em determinados casos, o vídeo pode encorajar passividade. Mas podemos adicionar interatividade, desafiando o espectador através de perguntas, incitando-o a fazer alguma coisa ou ativando sua memória.
- Reduza o conteúdo: seja claro e conciso. Por que explicar em 10 minutos o que se pode explicar em 2?
- Cuide do áudio: certifique-se que você está ouvindo com clareza e elimine o ruído de fundo. Em vídeos assíncronos, cuide dos aspectos auditivos: áudio limpo, música de acompanhamento, vz em off...
- Dê um toque cinematográfico: não precisa ser um Spielberg, mas tome licença para fazer um vídeo mais agradável. Utilize duas câmeras. realize primeiros planos, grave perspectivas e novos ângulos... Na internet é possível achar diversos programas de edição de vídeos simples que podem te ajudar a fazer uma boa montagem.
- Deixe-os fazer: utilize o vídeo como estratégia para que os alunos criem e realizem atividades e tarefas. Hoje em dia qualquer um pode gravar, editar e fazer upload de vídeos no youtube ou vimeo.
- E, sobre tudo, tenha claro seu objetivo: O importante não é que o vídeo seja bom, mas que sirva para cumprir sua finalidade: promover a aprendizagem
Para avançar na discussão
Vejam o material preparado pelo pesquisador Antonio Cordeiro. Participei de algumas experimentações e discussões sobre o uso de videoconferência na sala de aula com Cordeiro, e ele tem avançado nas pesquisas sobre o assunto. Sabemos que com apenas um computador com internet, um software adequado, uma webcam e um microfone, qualquer professor consegue fazer uma transmissão ao vivo. Como vimos antes, mais eficiente será o professor que seguir a partir de um planejamento, para evitar imprevistos. Este material nos apresenta guias, metodologias e a experiência dele na Agência Nacional de Saúde Suplementar. Vale a pena
BLOG CONASA DIGITAL. Montero, Oscar. Video-learning, una apuesta de futuro. fevereiro de 2014. http://blog.conasa.net/2014/02/video-learning-una-apuesta-de-futuro/
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